Cibele Benevides se despede do TRE-RN
A representante do Ministério Público, que foi a primeira mulher a assumir esse cargo na Justiça Eleitoral
A Procuradora Regional Eleitoral, Cibele Benevides, participou nesta quinta-feira (26) da última sessão plenária no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN). A representante do Ministério Público, que foi a primeira mulher a assumir esse cargo na Justiça Eleitoral, encerra o biênio 2017-2019 no próximo dia 30. A missão passará a ser conduzida pela Procuradora Caroline Maciel, tendo como substituto o Procurador Ronaldo Sérgio.
O discurso de despedida da Procuradora foi marcado pela lembrança dos momentos vividos, pelo agradecimento aos colegas da corte e aos servidores da Casa e, sobretudo, pelo desejo de encorajar outras mulheres a lutarem por um mundo mais igualitário. “Posso afirmar que ter sido a primeira Procuradora Regional Eleitoral mulher no TRE-RN foi possível, mas nunca fácil. Sei que ainda existem barreiras e discriminações ali fora, quase sempre inconsciente. Para construirmos o futuro que visualizo, precisamos assegurar que mulheres e himens compreendam as lutas de suas avós e mães, e que as mulheres gozem de oportunidades iguais, salários iguais e respeito igual. Devemos ter determinação e trabalhar para concretizar propostas simples: que preconceitos não sejam aceitáveis no século 21”, ressaltou.
O Desembargador Glauber Rêgo, presidente do TRE-RN, acompanhado dos juízes da corte, teceu agradecimentos à Cibele Benevides pela trajetória brilhante que ela construiu durante o período em que esteve na Justiça Eleitoral. “Além de possuidora de elevada sabedoria intelectual, sempre foi uma parceira do TRE-RN, em vários sentidos. A ideia da ocupação de espaços da nossa instituição com cultura, através de exposição de artes e doação de obras, teve a colaboração dela. A iniciativa de instalar neste prédio a primeira galeria de ex-procuradores regionais eleitorais também foi dela. Um exemplo que demonstra a grandeza do trabalho realizado por Cibele foi a referência feita ao seu nome pelo ministro Edson Fachin na sessão da mais elevada corte do nosso país”, comentou o presidente. Durante o julgamento de um dos mais importantes processos da Operação Lava-Jato, o ministro do Supremo Tribunal Federal sustentou o voto fazendo menção ao livro “Colaboração Premiada”, de autoria da Procuradora.