A voz das mulheres na política ecoa no TRE-RN

E o Laboratório de Inovação “Alzira Inova” abre seus microfones

E o Laboratório de Inovação “Alzira Inova” abre seus microfones

O Laboratório de Inovação “Alzira Inova”, do TRE-RN, realizou a primeira oficina “Fala, Mulher!” no início desta semana, quando então foram debatidos o papel e a importância da Ouvidoria da Mulher para o atendimento de demandas, reclamações e denúncias do público interno e externo relacionadas a questões que afetam a atuação feminina na política e na esfera pública como um todo, em especial no âmbito da Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte.

Participaram do evento, além de autoridades do Tribunal, representantes femininas da política potiguar e pesquisadores e pesquisadoras da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, bem como servidores e servidoras da Prefeitura do Natal.

Algumas das manifestações dos participantes destacaram aspectos fundamentais das ações afirmativas em apoio às mulheres, a partir de iniciativas como as da Ouvidoria e do projeto “Fala, Mulher!”

Um ambiente ainda tão masculino

Christiane Dantas (Solidariedade), deputada estadual em terceiro mandato, considera que o maior problema a ser superado atualmente é a mulher se sentir capaz de entrar na política. “Muitas vezes a mulher não se enxerga dentro desse ambiente que é tão masculino ainda. E quando consegue chegar lá, o desafio é o de permanecer. “Todos os dias temos de reafirmar que somos capazes de estar nesse lugar onde estamos representando tantas outras mulheres”, observou, destacando a importância da Ouvidoria da Mulher como canal de denúncias dos diversos tipos de violência de gênero praticados contra a presença feminina na política.

Muitas dores, muitas queixas, muitas conquistas

Júlia Arruda, vereadora do município de Natal pelo PSDB, em seu quarto mandato, afirmou que as mulheres “têm muitas dores e muitas queixas” e acham “que a política não é ambiente para elas”. Arruda reafirmou, porém, que política “é sim ambiente de mulher”, e que “mais mulheres na política significa mais políticas públicas para as mulheres”.

Segunda a vereadora, as mulheres às vezes estão passando ou passaram por alguma forma de violência política de gênero e muitas vezes não se dão conta disso. “Muita gente desconhece, muita gentes descredibiliza, acha que é mimimi”, adverte, avaliando ainda que o ambiente de hoje é bem mais favorável e mais acolhedor à participação feminina na política do que na ocasião de seu primeiro mandato, em 2009, depois de a Câmara Municipal haver passado muito tempo sem ter uma única representante feminina em suas legislaturas: “Imaginem a capital do Estado sem nenhuma mulher representando outras mulheres”.

Quando Arruda chegou à Câmara, disse ela, eram duas mulheres vereadoras. Depois esse número, em mais dois mandatos sucessivos, quadruplicou. Hoje são seis representantes femininas. “Ainda está longe do que almejamos, mas é sem dúvida alguma uma evolução”, afirma.

Entraves e resistências

Nina Souza (PDT), presidente da Comissão de Justiça da Câmara de Vereadores de Natal, atualmente em seu segundo mandato, destacou a importância da oficina na discussão dos casos de violência de gênero na política, mas disse que há ainda muitos entraves para o ingresso da mulher na política. “O ambiente da política ainda precisa ser ocupado pelas mulheres.

Segundo ela, as dificuldades femininas são várias e oriundas de múltiplas vertentes, desde a tripla jornada a ser cumprida pela mulher no dia a dia, até as manifestações de machismo que tentam dificultar o trabalho feminino quando certos homens se veem diante de mulheres com perfil mais dinâmico. “Muitas vezes esses homens interrompem nossas falas, não valorizam os nossos projetos de lei e minimizam a nossa atuação”, declarou.

Nina ressaltou ainda que não é incomum que 100% das mulheres nas câmaras e nos parlamentos renovem seus mandatos em função de terem atuação responsável, proativa e que geram benefícios à população. “É importante que no próximo pleito as mulheres potiguares participem, se inscrevam e concorram”, finalizou, reforçando que a Ouvidoria da Mulher demonstra que as mulheres de hoje têm sim uma importante rede de apoio se quiserem participar da política.

 

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