TRE-RN e TRT21 promovem roda de conversa sobre racismo religioso
Evento reforça compromisso com a equidade racial e a liberdade de crença no ambiente institucional

O Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT21) em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), realizou na última sexta-feira (23) uma roda de conversa com o tema "Discriminação religiosa por racismo: a igualdade de gêneros e acolhimento nas religiões de matriz africana”. O evento reuniu servidores, magistrados e membros de comissões para discutir a superação do preconceito religioso e racial no Judiciário.
A iniciativa integra as ações do Subcomitê de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do TRT21 e da Comissão de Participação Feminina do TRE-RN, e está alinhada ao Pacto Nacional do Judiciário pela Equidade Racial, do qual o tribunal é signatário. Além disso, teve a participação da Comissão de Equidade Étnico-Racial do TRE-RN, que em seu plano de ações prevê trilhas de aprendizagem, audiências públicas e atividades direcionadas às comunidades quilombolas e indígenas.
O juiz Magno Kleiber Maia, do TRT21, mediou o encontro e convidou o sacerdote Umberto Gonçalves de Barros, representante de uma religião de matriz africana, para compartilhar sua experiência. Em sua palestra, Umberto destacou a importância de criar espaços institucionais para discutir intolerância e racismo, especialmente no que se refere às religiões historicamente marginalizadas.
“Falar sobre a religião, passar a verdade e desmistificar preconceitos é um alívio. A gente sabe que não vai mudar tudo hoje ou amanhã, mas garantir esse espaço já é um passo importante”, afirmou o palestrante.
Para Umberto, o evento foi uma oportunidade de ampliar o entendimento dos servidores, contribuindo para que eles se tornem multiplicadores de respeito e diálogo no ambiente de trabalho e além. O magistrado Magno Kleiber reforçou o papel do Judiciário na promoção de um ambiente inclusivo e acolhedor.
Devânia Varella, chefe do Núcleo de Formação e Aperfeiçoamento (NFA) do TRE-RN, ressaltou a importância de inserir temas como racismo e liberdade religiosa nos planos de capacitação dos servidores. Segundo ela, apesar da resistência inicial, a adesão tem crescido, indicando um processo gradual de conscientização.
“O que eu sei foi o que me foi passado. Agora, entendo que preciso buscar além disso”, afirmou Devânia, destacando a necessidade de ampliar o conhecimento sobre outras religiões para fortalecer o respeito à diversidade.
A roda de conversa faz parte das ações do TRE-RN voltadas para a promoção da diversidade étnico-racial e religiosa no Judiciário potiguar.

